Sou razão 70% do meu tempo, o restante sou emoção e por isso quando a razão para, a emoção flui e se deposita no papel em forma de frases, que viram versos, que viram estrofes, que viram poesia e prosa.
Então, quando deixo a razão ir embora, ativo meu superpoder de tocar pessoas através das palavras escritas, de me curar e curar a outros através delas.
Queria poder falar do mesmo jeito que escrevo, mas descobri que falar do jeito que escrevo me gera desconforto, um pouco por medo de expor uma parte de mim que cuido com muito zelo e um pouco porque quem escreve é a minha criança dentro de mim, minha menina/adolescente que por tantas vezes se expôs e se machucou por ela ser transparente que nem água e inocente que nem bebe que se encanta com aquilo que explora.
Então, tá aqui meu propósito dos próximos meses, curar essa menina, essa que mesmo depois das frustrações ainda acredita no amor de verdade, daqueles que fazem sorrir e fazem crescer e inspirar. Talvez deixando essa menina aparecer eu permita que esse amor chegue de mansinho e fique pelo tempo que tiver que ficar.
Assim, as palavras escritas por essa menina se tornarão novamente em histórias contadas com emoção por esta mulher.
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