E depois de muito tempo sem dizer nada,
Ele mergulhou nos olhos dela,
Nos seus olhos tão escuros que a luz quando chega perde sua vontade de sair.
Nos seus olhos tão escuros e ao mesmo tempo de tanta beleza que é impossível passar por eles e não desejar morrer devagar e sem volta.
Ela mergulhou também nesse seu olhar, nesse seu olhar profundo, sereno e castanho.
Nesses olhos que extinguem qualquer vontade de sair e estica toda vontade de ficar.
E assim, nessa troca de olhares, dessa dança de carvão e mel, eles se buscam e se encontram, no desejo, na vontade, nas palavras não ditas mas insinuadas, nos versos escritos mas não ditos, por enquanto, por agora.
Maira Amanda Vargas
São Paulo, 19/06/23
No comments:
Post a Comment