Na imensidão das profundezas do desconhecido,
me sumerjo em mim, nos meus medos
nos meus anseios e devaneios.
Olho para o meu pasado, ausente, distante,
agora presente,
que me mostra onde eu causei a minha própria dor.
E me olhando no espelho meses atrás,
me vejo triste, morta em vida
e ao mesmo tempo,
conformada com o meu apocalipsis.
Vejo a mim mesma assistindo o meu funeral,
apoiada na janela de ferro com flores.
Vejo também a mulher que fui com a sua força
e seu esforço para ficar ali rígida e pulsante
como devem ser as mulheres da família.
E então volto a mim,
hoje neste mesmo lugar,
onde renasci há 13 anos atrás.
E de frente ao lago,
sentada na grama,
reúno forças de onde eu não tenho.
As concentro nas minhas entranhas,
nas raizes de mim mesma.
E respiro, transpiro,
transformo a raiva, a dor, a morte,
em luz, tranquilidade,
paz e amor que cura.
Hoje, recomeço,
no mesmo lugar de 13 anos atrás,
Ibirapuera.
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